Você tem dúvidas quanto ao caminho que deve seguir? Não sabe se ficar ao lado de Cristo vale realmente a pena? Você acha que ao seguir a Cristo não será mais livre para fazer as coisas a que está acostumado? A palestra de hoje, que tem como título: SEGUE-ME, nos ensinará como seguir a Jesus.
O nosso texto está em Mateus 9:9. Nós lemos: "Partindo Jesus dali, viu um homem, chamado Mateus, sentado na coletoria, e disse-lhe: Segue-me! Ele se levantou e o seguiu."
Desde a entrada do pecado no mundo, toda ação do céu, no que diz respeito ao homem, concentra-se em colocá-lo face a face com o Senhor Jesus Cristo. Para isto foi dado o antigo sistema de sacrifícios, que tipificava a Sua obra.
E desde a manifestação do Senhor, prega-se o Cristo histórico. A Igreja o proclama por milhões de vozes. As Escrituras falam dEle em mais de mil línguas. E o Espírito Santo atrai para Ele pela voz da consciência. De todos os modos e em todo o tempo Deus opera para nos levar a Cristo.
Cristo diz a todos que o encontram: "Segue-me". Foi o mesmo que disse a Levi a Mateus e a Pedro. ( João 21:22).
Este chamado de Cristo, que Ele dirige aos que O conhecem, que sabemos quem ele é, impõe-nos a necessidade de decidir o que fazer com Ele. Temos de decidir. Cedo ou tarde temos de decidir se O aceitamos, ou se O rejeitamos.
Algumas pessoas podem até pensar: "O meu tempo não chegou - a minha hora de ficar perto de Jesus não chegou." Mas, esse dia não chegará jamais. Deus nunca vai forçar-nos a seguir a Cristo e nem a serví-Lo. Deus mostra a beleza do Seu caminho e insta conosco para aceitá-Lo. Mas, a decisão é nossa.
A aceitação de Cristo, o seguir a Jesus, envolve atitudes definidas. O Salvador anunciou que tem os maiores bens para nos prodigalizar; mas não fez segredo de que pede renúncia.
Cristo pede a renúncia do pecado. À mulher pecadora, a quem perdoou, Ele disse: "Vai e não peques mais". João 8:11. Não podemos seguir a Jesus sem abrir mão do pecado - sem abandonar as más práticas, as más palavras, os maus pensamentos.
Deus não se contenta com remorso, ou com desculpas pelo mal feito. Ele quer mudança de atitude para com o pecado, a disposição e resolução de abandonar o Mal. "Cessai de fazer o mal", foi a ordem que Deus deu ao Seu professo povo no tempo do profeta Isaías. (Isaías 1:16)
Mas, aí vem a pergunta: o que é certo? E o que é errado? O padrão do que é certo ou do que é errado, não é propriamente o que os outros pensam, mesmo os que seguem a Cristo. Mas, nas Escrituras encontramos a maneira certa de como devemos agir.
Quando Deus, pelo Seu Livro, condena uma coisa, convém-nos deixá-la. Mesmo que isso envolva sacrifício. "Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não seja todo o teu corpo lançado no inferno." Mateus 5:29
Cristo pede também a renúncia do eu. Temos de renunciar à nossa própria vontade, que por ser fundamentalmente má, é a raiz de todo ato pecaminoso. Para seguir a Cristo temos de abrir mão do direito sobre a própria vida.
Na verdade a vida que temos, pertence a Deus, por direito de criação e por direito de redenção. É necessário abdicar o trono do coração e colocar o cetro na mão de Jesus, homenageá-Lo como nosso Rei. Temos de dizer não ao eu, e sim a Cristo.
A submissão da vontade ao Salvador poderá parecer coisa estranha. Mas eu pergunto: Acaso Deus escraviza Seus filhos? A verdade, é que a escravidão existe quando estamos sem Cristo, quando vivemos no pecado.
A Bíblia nos diz: "Todo o que comete pecado é escravo do pecado". João 8:34. Faz o que o pecado quer, ainda que contra a vontade. O apóstolo Paulo falou por todos os homens quando disse: "Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço." Romanos 7:19
Ao aceitarmos Cristo porém, Ele cria em nós uma nova natureza, que não compraz no pecado. Restaura aquela perfeição que Adão possuia ao ser criado, eleva-nos à verdadeira dignidade do homem, faz-nos ser o que devemos ser.
Assim trasnformados, nós amaremos a Deus, amaremos os Seus caminhos, e espontaneamente Lhe obedeceremos, porque o que ele pede de nós é justo, reto e bom. Serviremos a Deus livremente.
Cumpre-se então o paradoxo da religião do Céu, de que a submissào - a submissão a Cristo - leva à liberdade. Como disse Jesus: "Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres." João 8:36
Decidir por Cristo pode afetar as nossas relações de família. Em geral o que não servem ao Senhor hostilizam os que O servem. E isto se dá no próprio círculo da família. Dos que se dispõem a serví-Lo, Cristo pede bondade e perdão para com os que se lhes opõem, e dedicação inabalável ao Senhor de sua vida.
Pais ou filhos, marido ou esposa, irmãos ou irmãs tem de ser postos em segundo plano em relação a Jesus. "Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim, disse Jesus, "não é digno de mim; e quem ama seu filho ou filha mais do que a mim, não é digno de mim; e quem não toma a sua cruz, e vem após mim, não é digno de mim." Mateus 10:37-39
Decidir por Cristo pode afetar os nossos planos, a nossa vida, o nosso trabalho, a nossa vocação. Deus tem um plano para a vida de cada pessoa. E esse plano pode ser diferente do que nós mesmos temos.
Se nos dispomos a serví-Lo, o Senhor conduzirá as circunstâncias para nos colocar onde Ele quer que estejamos. E é seguindo o plano de Deus que fazemos a vida bem sucedida, que achamos a felicidade verdadeira.
Como disse Jesus: "E todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou filhos, ou campos, por causa do meu nome, receberá muitas vezes mais, e herdará a vida eterna." Mateus 19:29
A decisão por Cristo, de seguir ao Senhor, é o mais importante e o mais urgente assunto da vida. Jesus diz: ". . . buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça". Mateus 6:33.
Na Bíblia lemos a admoestação do céu: "Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração". Hebreus 3:15
Aceite a Cristo, faça dEle um habitante de seu coração.
__________________________________________________________________________________________________
>>FAÇO O QUE NÃO QUERO<<
Objetivo: aceitar uma natureza carnal e pecaminosa que age em cada ser e descobrir o único meio de vencê-la
INTRODUÇÃO:
- Ilustração: quando matei um beija-flor (conte um fato que houve com você do qual você se arrependeu)
Você já fez o que não queria fazer?
Já comeu um doce e depois ficou se lamentando que não devesse ter comido?
Xingou alguém e depois se arrependeu?
Você já percebeu como gostamos do que não presta?
Vou dar alguns exemplos:
- por que é fácil ver um filme de 2 horas, e tão difícil ouvir um sermão de 40 minutos?
- Se um jogo de futebol vai para a prorrogação e pênaltis é emocionante, mas de o culto passa da hora, tem gente que sai e deixa o culto.
- O que você faria se eu caísse aqui no púlpito?
- Se eu descrever um bolo de chocolate, uma torta de morango, batatas fritas você fica com água na boca, mas se eu falar de pepino, couve, cenoura não empolga tanto.
POR ISSO É FENADOCE E NÃO FENAFRUTA!!!
- Por que falamos tanto de fé e quando surge um problema ficamos desesperados? Ansiosos?
Mesmo sabendo o que é certo gostamos do que é errado!!!
O que acontece conosco então?
TEXTO: ROMANOS 7: 15 – 25
1- Mesmo os grandes santos lutavam com esta natureza pecaminosa. Por isso, devemos reconhecê-la para poder combatê-la.
A vontade de fazer o mal começou quando o homem pecou.
- Adão e Eva se esconderam
- Sentiram vergonha
Devemos estar cientes que há uma força satânica que nos impele a fazer o que é errado.
Ilustração: “gostava de maltratar gatos – meu pai me mandavaeu tocar...” (Conte algo de errado que você fez do qual se envergonha)
Você acha que Deus ficava feliz com essa atitude? Era Ele que nos inspirava a maltratar um animal?
2- Gen. 4:7 – Deus ensina como podemos vencer a vontade para fazer o mal
Proceder bem – fazer o que é certo mesmo sem ter vontade
- Eu não gosto de beterraba, não sou muito chegado em cenoura e acho a rúcula muito amarga. Mas eu como. E é difícil acreditar, estou começando a me acostumar.
- Devemos fazer o certo mesmo sem ter vontade: ler a Bíblia, orar a Deus, testemunhar
Exemplo: Jonas pregou em Nínive sem ter vontade!
Deus disse que é nosso dever, e não dEle dominar nossa vontade de fazer o mal.
- Devemos ter disciplina e forçar a nossa vontade
Exemplo: quantos se pudessem, gostariam de ficar dormindo em casa por uns dias e não ir trabalhar?
Quem gostaria de ficar uma semana por mês viajando pelo mundo sem se preocupar com o trabalho?
O problema é que como priorizamos o material e não o espiritual, fazemos de tudo por causa do dinheiro.
Vou provar:
Você já faltou ao trabalho e se desculpou com o seu superior e colegas dizendo que estava chovendo?
Mas, você já deixou de ir à igreja por que estava chovendo?
Sabe por que isso aconteceu, por que pra nós o dinheiro é mais importante do que a salvação!!!
O problema então não era a chuva, nem a possibilidade de ficar resfriado, pois nos arriscamos pelo trabalho, o problema é o nosso coração.
Você conhece alguém com um emprego muito bom, ganhando 100.000 reais por mês, que por desânimo ou por que um colega criticou, chegou ao chefe e falou: “estou largando este emprego por causa do fulano, e por que ninguém valoriza o meu trabalho aqui”?
Mas você já ouviu falar de uma pessoa que abandonou um cargo na igreja pelos mesmos motivos?
- É o dinheiro que fez a diferença!!!
Que triste a nossa condição! Por isso Paulo disse “Miserável homem que sou!!!”
DEVEMOS FAZER O QUE É CERTO MESMO SEM QUERER:
- ler a Bíblia
- O Espírito de Profecia
- Ir à igreja
- se envolver com a igreja
- suportar críticas sem reagir
- perdoar quem não merece
3- Mesmo assim não vamos nunca ser perfeitos! Nunca vamos conseguir vencer nossa natureza!
Somente Jesus pode nos salvar! Só Ele pode nos cobrir com a Sua justiça!
Por isso Paulo afirmou: “Graça a Deus por Jesus Cristo!!!”
Jesus sabe que nós não podemos!
Jesus sabe o quanto queremos fazer o que é certo e não conseguimos!
Ele vê quando você chora à noite por que fez tudo errado!
Você olha para trás e se arrepende amargamente!
Ele quer te ajudar e fazer por você o que você não pode, transformar a sua vida.
Ilustração: Pedrinho era um rapaz animado! Forte e ativo, gostava de aventuras.
Seu passatempo preferido virou sua profissão: pescador.
Junto com seu irmão gostava de navegar por um grande lago perto da sua casa.
Ficava feliz quando trazia o sustento para casa com seu barquinho cheio de peixes.
Era interessado nas coisas espirituais, e um dia foi impressionado por um homem que queria pregar o evangelho por todo mundo.
Seu nome era Jesus. Pedro agora largou o que ele mais gostava e começou a viajar com Ele.
Ficou tão admirado com o que Jesus fazia, e de tamanha bondade deste Messias, que até pediu para Jesus se afastar dele por que senão iria se contaminar com sua natureza.
Pedro queria amar a Jesus! Queria agradar Jesus! Sempre dizia pra Jesus que morreria por Ele.
Um dia tentaram prender a Jesus, Pedro O defendeu com uma espada cortando a orelha do soldado.
O que Pedro mais queria era demonstrar para os outros o quanto Ele amava a Jesus.
Mas deu tudo errado. Uma pessoa disse ter visto ele com Jesus, mas Pedro negou, uma, duas três vezes. Que decepção!
Pedro saiu correndo! Não entendia! Ele queria, mas não conseguiu!!!
Mas Jesus deu outra chance para Pedro!
E você, se sentiu como Pedro?
Será que você vive tentando agradar a Jesus e não consegue?
Jesus está dando mais uma chance, e Ele dará até mil, se você precisar e pedir.
Por que Ele te ama, você querendo ou não!
Pr. Yuri Ravem
Distrital em Pelotas - RS
__________________________________________________________________________________________________
>>SABEMOS QUE ELE VAI VOLTAR<<
Pr. Finley
"Mark Finley: Eu gostaria de dedicar o nosso programa "Está Escrito" neste Dia dos Veteranos, aos homens e mulheres que tanto serviram à América ao longo dos anos. O heroísmo e espírito de sacrifício deles são a essência da história memorável que vamos apresentar hoje.
Narrador: Havia se passado cinco anos após o helicóptero do Coronel Ben Purcell, do exército americano, ter caído, cinco anos após ele ter ido para uma prisão secreta no Vietnã do Norte e ter desaparecido da face da Terra. Ele não sabia se um dia voltaria para casa.
Anne: Judy, eu falei com o deputado hoje, parece que vamos poder enviar alguma coisa.
Narrador: Mas o amor extraordinário de uma mulher não o deixaria desaparecer. Esta é a história de como o amor mantém viva a esperança.
Ben Purcell: Ben Purcell, Coronel do Exército Americano, Número 56389...Você não tem certeza se alguém, sequer, sabe que você existe. Nós fomos derrubados sob ataque. E ninguém conseguiu avisar. Depois de um tempo, o mundo além daquelas paredes, o mundo real, simplesmente sumiu. Sua memória começa a ficar embaçada. E a guerra não pára nem por um segundo. Você não sabe se vai conseguir ver o mundo real de novo. Você não sabe de quase nada.
Mark Finley: O Coronel Ben Purcell, prisioneiro de guerra no Vietnã do Norte, esperou por muito tempo. Ele tentava manter viva a esperança de que algum dia ele conseguiria voltar para casa. Mas tudo ao seu redor parecia impedir a entrada para este outro mundo. A brutalidade de alguns soldados impediam isso. Anos de confinamento impediam isso, anos de trabalhos impassíveis, anos com a mesma pavorosa rotina. Ben sentia-se terrivelmente isolado. Mesmo assim, de certa forma, a provação de Ben é a história de todos nós neste planeta. Estamos presos em um mundo de dor, desgraça e morte. Todos nós esperamos que, de alguma forma, algum dia, possamos ir para um lugar melhor. Quase todas as religiões pregam que existe um mundo mais feliz além deste aqui, uma vida pós-morte onde os seres humanos não precisarão mais sofrer. Quase todos nós nos apegamos a uma idéia de paraíso. O problema é que a dor, a desgraça e a morte estão durando muito tempo. Sempre foi assim. As guerras continuam acontecendo. Os crimes continuam nas manchetes. Desastres naturais continuam ocorrendo, desordenadamente. Parece não haver fim. Às vezes é difícil manter viva a esperança. Este problema é especialmente real na vida dos cristãos. Depositamos nossa fé em um Cristo que fez promessas tremendas. Ele fez lindas promessas sobre sua segunda vinda. Ouça o que Ele disse aos seus discípulos em João, capítulo 14 e versículos de 1 a 3: "Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também". Cristo prometeu voltar. Ele prometeu nos levar para um lugar de muitas moradas, um lugar onde Deus enxugará toda lágrima de nossos olhos, um lugar de infinita paz e alegria. Que promessa tremenda! O problema é que, Ele fez esta promessa há 2000 anos atrás. Ele disse que voltaria em nuvens de glória e Ele fez esta declaração por volta do ano 31 d.C. Mas todos os dias, depois disso, o sol nasce e se põe. Todos os dias, depois disso, o inverno se torna primavera, depois o verão em outono. E nada espetacular nos acolhe nos céus. E aqui embaixo, o sofrimento continua; as guerras continuam; a desgraça continua; a mesma rotina continua. Vivemos cercados pelos mesmos ciclos de vida e morte. Por isso, às vezes, é difícil manter a esperança. Essa linda promessa começa a desaparecer. Aquelas visões de paraíso se tornam muito, muito distantes. Tanta coisa ao nosso redor, pode fazer com que nos sintamos isolados desse outro mundo. Podemos, de fato, saber que iremos para um lugar melhor algum dia? Esta é a nossa provação como seres humanos. E a experiência de Ben Purcell em uma prisão norte vietnamita enfoca isso de maneira pungente. Ele sentiu-se extremamente isolado. Mas, como resultado, Ben nos mostra uma resposta ao nosso dilema básico. Este prisioneiro descobriu um jeito de manter viva a esperança, na pior das circunstâncias.
Ben Purcell: Houve dias em que eu quase desisti. Mas aí eu pensava na Anne, eu via o rosto dela e sentia o seu amor. Foi o fato de saber que havia alguém aqui que me amava, que me fez ter vontade de seguir, de continuar vivendo. Eles tomaram a minha aliança logo após eu ter sido capturado. Isso doeu muito, mas eu consegui improvisar uma aliança de um pedaço de alumínio de um tudo de pasta de dente. Eles também levaram essa. Mas depois disso, eu consegui fazer uma com um pedaço de bambu. Ela ficava escondida grande parte do tempo, mas como parte do meu ritual matinal, eu pegava essa aliança de bambu, colocava no meu dedo e pensava na Anne e nas crianças. De alguma forma, isso fez com que eles parecessem mais próximos de mim durante aquele tempo.
Mark Finley: Ben conseguiu manter viva a esperança por uma razão essencial: alguém que o amava profundamente queria que ele voltasse. Ele e Anne estavam ligados. Ele acreditava que ela não fosse esquecer disso. Ele acreditava que ela não fosse desistir. E ele tinha uma boa razão para acreditar.
Anne: Quando eu recebi a notícia, eu sabia que teria de ser forte, então assumi o papel de esposa confiante no exército e mãe zelosa. Mas no fim, a angústia, a dor no meu coração se tornou devastadora e eu comecei a chorar e achei que as lágrimas nunca teriam fim. Minha vida ficou aos pedaços e não tinha vontade, sequer, de me recompor, não se aquilo significasse viver sem o Ben.
Mark Finley: Anne era uma mulher que havia dado tudo de si por aquele homem, de corpo e alma. Ela havia investido sua vida nele. E separar-se dele partiu seu coração. Ela extravasou sua angústia através de lágrimas. Mas curiosamente, essas lágrimas foram a prova de que Ben poderia manter a esperança, foram a evidência de que ele não seria esquecido, de que algum dia ele voltaria para casa, um lugar que ele não podia ver. Amigo, chegamos ao "x" da questão. É assim que mantemos viva a esperança neste mundo. Você percebe por que podemos saber que existe um mundo melhor se aproximando? Por que podemos saber que Jesus Cristo realmente voltará para nos levar para casa? Porque Ele entregou Sua vida por nós. Porque Ele fez um investimento tremendo. Deixe-me falar de um lugar chamado Getsêmani. Cristo foi até lá para orar com três discípulos. Ele estava prestes a ser preso, estava prestes a suportar o fardo dos pecados do mundo na cruz. Lucas descreve a cena. Isto foi o que ele escreveu em Lucas, capítulo 22, versículo 44: "E estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra". Cristo estava começando a vivenciar a agonia da separação com Seu Pai Celestial. Parecia uma separação eterna. Parecia o inferno. Parecia mais do que ele podia suportar. Em dado momento, Ele chegou a implorar ao Pai, "passe de mim este cálice". Mas Cristo não desistiu. Ele se submeteu ao julgamento, à agressão, à provação da cruz e ao Pai abandonando-O. Ele pagou o preço máximo. Cristo estava, de fato, comprometido com você e comigo, de corpo e alma. O apóstolo Pedro descreve isso de forma bastante eloqüente em Primeira Pedro, capítulo 1, versículos 18 e 19: "sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados... mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo". Cristo nos resgatou. Cristo pagou pela nossa salvação. Ele pagou por isso não com prata ou ouro, mas com algo muito mais precioso, Seu próprio sangue. Como podemos saber que Cristo está voltando? Porque ele pagou um preço muito alto por nós. Você não paga por alguma coisa e não a leva. Você não paga um preço enorme por uma coisa e esquece dela. Cristo investiu Seu próprio sangue. Ele o derramou sobre este planeta. O sangue da remissão que é um indício de que Ele está voltando para reivindicar os Seus. Pode acreditar nisso. Nada faz sentido se Jesus não voltar por aqueles que foram remidos com tamanho sofrimento. O sangue derramado por Cristo é nossa certeza de que iremos para casa. De forma parecida, as lágrimas derramadas por Anne foram a certeza de Ben de que ele voltaria para casa. Pelo seguinte: Anne não simplesmente chorou e continuou com sua vida. Ela não simplesmente aceitou que Ben havia desaparecido da face da Terra. Não, Anne derramou suas lágrimas, e depois entrou em ação.
Anne: Achei que o que estavam fazendo não era suficiente para garantir melhor tratamento para nossos homens. Então ajudei a organizar a Liga Nacional de Famílias de Prisioneiros e Desaparecidos de Guerra. Organizamos tropas e fomos a público. Não deixaríamos o mundo esquecer aqueles que morreram e aqueles que ainda estavam sofrendo para preservar a nossa liberdade. Falávamos para grupos de igrejas e em clubes. Aparecíamos no rádio e na televisão, dávamos entrevistas em jornais. Em dado momento, um grupo nosso viajou para Paris. Nós queríamos nos reunir com os norte-vietnamitas em missão de paz e queríamos que eles nos fornecessem uma lista completa dos prisioneiros, que eles aceitassem o envio de suprimentos para eles, além de organizar a libertação deles. Nós os pressionamos até eles acertarem uma reunião. Foi uma pequena vitória, mas foi muito comemorada. Eu não conseguiria dormir até que Ben voltasse. Acho que as lágrimas serviram para isso. Eu tinha que continuar trabalhando até a reunião definitiva.
Mark Finley: O governo dos Estados Unidos, é claro, também estava trabalhando para a libertação dos Prisioneiros. Oficias do Departamento de Estado estavam em duras negociações. Líderes americanos estavam tentando dar um final justo e digno à guerra, para que todos pudessem voltar para casa. Era uma situação difícil e complicada. Estava difícil obter a paz. Anne se solidarizou com aqueles desafios. Mas uma coisa estava acima de toda política, acima de todas as negociações. Era a sua ligação com um homem chamado Ben, um homem prisioneiro em um lugar muito distante. E ela faria qualquer coisa que pudesse para trazê-lo em segurança. Sabe, resolver o maior conflito de todos, o conflito entre o bem e o mal neste planeta, não tem sido simples nem fácil. Nós não entendemos todos os propósitos de Deus na história. Nós não vemos exatamente como tudo isso vai funcionar. Mas Ele está trabalhando para dar um final justo e digno ao sofrimento e à separação. Ele está trabalhando para resolver as questões que têm atormentado o nosso planeta. E uma coisa que podemos saber, com tudo isso, é que Jesus Cristo está determinado a nos levar em segurança. Ele está ligado a todos nós. Ele tem um objetivo em mente, uma coisa é mais importante do que qualquer outra. O apóstolo Paulo destaca esta questão. É assim que ele começa a sua carta aos Gálatas no capítulo 1, versículo 3 e 4: "graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do (nosso) Senhor Jesus Cristo, o qual se entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso, segundo a vontade de nosso Deus e Pai". Que passagem! Uma mensagem que nos atinge, no mundo de hoje. É uma mensagem de graça e paz. E ela nos é dada por Aquele que se dedicou a nos libertar "deste mundo perverso". Por isso que ele se entregou a si mesmo. Para isso que serviu o preço da cruz: para nos libertar de um mundo de sofrimento e desgraça. É a cruz que mantém viva a esperança em um mundo perverso. Esta é nossa certeza. É a nossa certeza de que alguém está vindo nos buscar. É a nossa certeza de que não seremos deixados para trás. O interessante é que, foi a isso que Ben apegou-se naquela prisão Norte Vietnamita. Ben e Anne estavam ligados por um amor imortal, e também por uma imensa fé. Eles sabiam que não estavam sozinhos na esperança de um reencontro.
Ben: Às vezes eu fazia pequenos artefatos para passar o tempo. Eu tinha mais orgulho de uma Santa Ceia que eu fiz. Eu fiz um pequeno cálice, um prato e uma tampa com uma cruz em cima, tudo feito de tubos de pasta de dente. E no primeiro Domingo de cada mês, eu celebrava a comunhão. Durante esses momentos, eu lembrava de todas as comunhões que eu e Anne passamos juntos, que compartilhamos. Mas era contraditório porque, mesmo que eu a sentisse espiritualmente, eu sentia tanta falta dela fisicamente, por não poder vê-la e tocá-la. Era em momentos como esses, que eu percebia a minha cruz. E eu dizia, "Ben, existiu uma pessoa que teve de sofrer muito mais do que você jamais poderá sofrer".
Mark Finley: Lembrar do que Jesus fez por nós solidifica a nossa esperança. Nós dá um amparo. Torna a esperança tão sólida quanto uma cruz cravada no solo. Um pouco antes de Jesus ser preso e julgado, Ele celebrou uma Páscoa especial com Seus discípulos. Ele partiu o pão para eles. Serviu bebida a eles. E Ele nos concedeu uma forma de lembrar o Seu sacrifício. Paulo recordaria as palavras de Seu Mestre em Primeira Coríntios, capítulo 11 e versículo 24. Jesus disse, preste atenção: "Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim". E então, pegando o cálice, Jesus disse, no versículo 25: "Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim ". Paulo nos ajuda a entender o que realmente fazemos quando participamos desta Comunhão especial, na Ceia do Senhor registrada no versículo 26: "Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que Ele venha". Nós anunciamos a morte do Senhor, através desta memória, até que Ele venha. Por que? Porque esse sacrifício é a nossa maior certeza de que Ele realmente voltará pelos Seus. É a nossa garantia de um futuro com Ele. É como mantemos viva a esperança e ardendo em nossos corações. É uma esperança que Ben teve grande dificuldade para celebrar durante os intermináveis anos de aprisionamento do Vietnã do Norte. E é uma esperança que o ligava, de várias maneiras, à mulher que ele amava.
Anne: Havia momentos em que todo aquele medo e frustração eram esmagadores. Uma vez eu chorei na frente das crianças e isso assustou elas. Por fim, eu recorri a Deus e fiz uma oração simples. Eu disse a Ele que eu amava o Ben e que não sabia se ele estava vivo ou morto, mas eu o amava e queria ele de volta. E eu sabia que o Senhor o amava ainda mais que eu. E eu entreguei nas mãos Dele, sem saber como a situação se resolveria. "Deus, acredite, ele é Teu". E no silêncio e quietude daquela noite, minha frustração acabou; o caminho à minha frente parecia claro. Eu senti isso.
Mark Finley: Não sabemos o dia nem a hora em que Cristo voltará. Não sabemos ao certo como as pavorosas manchetes de hoje se tornarão o glorioso clímax da história. Mas podemos colocar todos os nossos medos e frustrações diante de Deus. Podemos entregar o nosso futuro nas mãos Dele. Podemos confiar nos planos Dele. E acima de tudo, podemos firmar nossos pés na rocha sólida do que Jesus fez por nós. Ele pagou o preço máximo. Ele nos reivindicou com Seu próprio sangue derramado. Ele está voltando por aqueles que Ele remiu. Ele está voltando para nos levar para casa, para um maravilhoso reencontro.
Anne: Alô, aqui é Anne. Sim. Tem certeza? Crianças, crianças, o papai está voltando, o papai está voltando. Finalmente nos reunimos no dia 30 de agosto de 1972 em Bush Field, Atlanta, na Georgia. Foi como se todos aqueles anos de espera tivessem desaparecido.
Ben: As pessoas nos alertaram sobre as rupturas em nossa vida familiar depois que eu voltasse. Mas o nosso amor, na verdade, ficou muito mais forte. É como se estivéssemos recuperando o tempo perdido. Por causa dos cinco anos que fiquei longe, cada momento agora é muito precioso para nós. Eu pude fazer a minha parte naquela prisão por causa da fé que eu tinha. Mas também por causa do amor que a Anne e eu sentíamos um pelo outro e por Deus.
Hoje, você pode ter certeza que alguém está vindo para levá-lo para um lugar melhor. Pode ter certeza que ouvirá a voz no noivo chamando. Você pode ter uma certeza que o sustentará nos dias difíceis. Está baseado em algo que Cristo fez por você. Está baseado no fato de Jesus ter entregue Sua vida para resgatá-lo deste mundo perverso. Você já aceitou este sacrifício feito a seu favor? Você já disse "sim" a este tipo de amor? Você já aceitou o corpo partido e o sangue derramado como sua certeza de um lar com Deus neste lugar melhor? Eu convido você a aceitar isso, agora. Eu convido você a dizer "sim", agora. Não há lugar melhor para estar neste mundo sombrio. Não há lugar melhor para se ter esperança. Venha para a cruz do jeito que você é. Venha para Aquele que mereceu o direito de ser o seu Salvador. Neste momento, aceite este Cristo. Ele anseia por resgatá-lo. Ele anseia por salvá-lo. Sabe, a Bíblia diz, "o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora". Este Cristo anseia que você, neste momento, onde quer que esteja, ajoelhe-se, abra o seu coração para Ele, que aceite o perdão e a misericórdia Dele. Ele está vindo, amigo. E está vindo por você. Ele quer levar você para uma terra onde não existe doença, nem sofrimento, nem dor, nem tristeza e nem morte. Ele morreu por você. E Ele certamente não teria morrido se não fosse voltar para levá-lo para casa. Queira curvar sua cabeça nessa hora e dizer a Ele, "Senhor, sim, eu quero ir quando Tu voltares. Eu quero estar pronto para a sua volta"
ORAÇÃO
Querido Pai, obrigado pelo presente que foi o Teu filho. Obrigado por Ele Ter se disposto a beber do cálice amargo da cólera, para que pudéssemos beber do cálice da memória. Nós aceitamos esta morte sacrificial. Obrigado por Tua misericórdia em nos perdoar. Nós colocamos as nossas esperanças, medos, frustrações e desejos nas Tuas mãos. Ajude-nos a manter viva a Tua promessa em nosso coração. Ajude-nos a viver com esperança de hoje em diante. Em o nome de Jesus. Amém.
__________________________________________________________________________________________________
>>O VERDADEIRO JESUS<<
Pr. Vanderman
"Muitos de vocês provavelmente cresceram ouvindo falar a respeito de Jesus. Ele sempre esteve por perto obtendo reconhecimento especial, talvez, na Páscoa e no Natal. Todos os que tiveram a sorte de nascer nos chamados países "cristãos", com certeza já ouviram falar a respeito do Bebê na manjedoura, do grande Mestre, do Homem na cruz. Dias santos, festas de Natal, Páscoa... e Jesus. Estas são algumas referências para todas as pessoas. Jesus está nesse contexto.
Jesus faz parte do modo de vida moderno. As igrejas erguem suas torres nos bairros e cidades por todas as regiões do país. A Bíblia parece ser honrada em toda parte. As pessoas sentem que, de alguma forma, vivem em um país cristão. O cristianismo tem influenciado grandemente a cultura ocidental em geral e o nosso país em particular, e temos que ser gratos por isso. Mas quando começamos a comparar o modo de vida de Jesus com o nosso modo de vida, perdemos a perspectiva.
Jesus começa a desaparecer aos poucos. Ele se torna irreconhecível no meio das tradições humanas. Quando Jesus ocupa um lugar superficial é fácil vê-Lo como acessório, algo que é bom de se ter por perto, quase como um amuleto da sorte.
Parece que existe uma porção de amuletos à venda hoje em dia. A imagem do menino Jesus com uma auréola pode ser encontrada à venda a preços nada modestos. Adesivos de pára-brisas com a imagem de Jesus também estão à venda. Além disso encontramos ainda brinquedos, quadros e camisetas com a imagem de Jesus.
É claro, coisas que não têm valor para uns são um tesouro para outros. Mas parece haver um ponto onde Cristo é vulgarizado, você não acha? Ele se torna um mero acessório entre muitos outros. Quando Cristo chega até nós assim fragmentado, não obtemos uma imagem completa. Sua mensagem é reduzida a slogans, Sua obra é transformada no que for atraente para a maioria.
Infelizmente, o Cristo reduzido se encaixa mais facilmente ao nosso estilo consumista de vida. Podemos assim, iniciar um convívio com um evangelho manipulado, bem pouco ajustado às nossas crenças e práticas. Tudo o que sentimos é que Jesus, de alguma forma, está por perto e fazemos questão de mantê-Lo ali, ao fundo.
Certo dia um homem entrou em uma livraria cristã e começou a procurar distraidamente um livro. Após alguns minutos, o dono da livraria aproximou-se dele e disse:
- O senhor parece bastante preocupado. Posso ajudá-lo?
- Desculpe-me - respondeu o homem
- mas acabo de vir do hospital onde fiquei sabendo que minha mãe está com câncer e não tem muito tempo de vida. Gostaria de comprar uma Bíblia para ela.
O dono perguntou:
- O senhor sabe que tipo de Bíblia sua mãe prefere?
- Sim - disse ele - uma que não seja muito religiosa.
Imagine! O homem queria uma Bíblia que não fosse muito religiosa, como se a Bíblia fosse um desses produtos que vêm na versão extra-forte ou suave. O homem queria apenas um pouco de conforto, só isso. Nada muito comprometedor, você entende.
É assim que muitos têm olhado para Jesus. Ele é ótimo como um chaveirinho que possa trazer conforto vez por outra; ótimo como um slogan que possa chamar a atenção aqui e ali. Mas nada muito comprometedor.
Estamos cercados por Cristo; Ele está perto, é muito familiar e todavia, permanece como uma imagem ao fundo. Talvez precisemos retroceder um pouco e olhar melhor. Talvez tenhamos perdido muita coisa enquanto estamos acomodados em nossa confortável poltrona sentindo estar perto do que sempre presumimos ser Jesus. Vamos tentar ver Jesus através dos olhos de pessoas que cresceram em culturas muito diferentes da nossa. Pessoas para quem Cristo é um completo estranho.
Vamos começar com uma visita à nação muçulmana do Paquistão, uma terra de minaretes, de mulheres com véus e solenes homens sagrados. Ser seguidor do islamismo é uma parte irreversível da identidade nacional paquistanesa. Quando soam as melódicas chamadas à oração dos templos muçulmanos, por todas as cidades paquistanesas as pessoas se prostram em oração como sinal de lealdade a Alá. Eles param cinco vezes por dia e se inclinam na direção de Meca. Milhares fazem peregrinação à cidade santa todos os anos para adorar em seu templo sagrado. Os paquistaneses também são incrivelmente leais ao profeta Maomé e seu livro sagrado, o Alcorão.
Bilquis Sheikh era uma orgulhosa e nobre muçulmana, ex-esposa do ministro do interior do Paquistão. Bilquis aparentava ter tudo: riquezas, uma linda casa com belíssimos jardins, muitos criados, e um filho a quem adorava. Mas ela também sentia um profundo anseio espiritual que não estava sendo preenchido.
Na leitura do Alcorão, começou a notar muitas referências aos escritos judeus que o precederam. Assim, Bilquis decidiu adquirir secretamente uma Bíblia para ver se conseguia algumas respostas.
Quando ela começou a ler a Bíblia, alguns trechos do livro de Romanos chamaram sua atenção. Ela sentiu-se atraída por estas palavras: "Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê" (Romanos 10:4).
"Como Cristo poderia ser o fim da luta?" Bilquis ponderou. E continuou lendo: "... a palavra está junto de ti, na tua boca e no teu coração... se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo" (Romanos 10: 8 e 9).
Bilquis balançou a cabeça. Os muçulmanos aprendem que Cristo não morreu realmente na cruz, e certamente não ressurgiu da sepultura. Por que o Alcorão e a Bíblia se contradizem assim? Bilquis havia aprendido que todo aquele que invocasse o nome de Alá seria salvo. Mas, crer que Cristo era Alá, que Cristo era Deus? Isso era algo totalmente novo.
Mesmo assim, Bilquis não parou de ler a Bíblia. Ela estava fascinada pela história de Jesus. A passagem da mulher adúltera trazida perante Jesus chamou sua atenção. Ela tremeu, sabendo exatamente o destino que aguardava aquela mulher. Os códigos morais do antigo Oriente não eram muito diferentes dos códigos do Paquistão. Os homens da comunidade são compelidos pela tradição a punir qualquer mulher adúltera. Quando Bilquis leu sobre a culpada que ficou tremendo diante de seus acusadores, ela sabia que os próprios irmãos, tios e primos da mulher tomariam logo a frente, prontos para apedrejá- la. Mas aí, Jesus disse:
- Aquele que não tiver pecado atire a primeira pedra.
Bilquis ficou deslumbrada. Em vez de supervisionar a execução legal, o profeta havia forçado os acusadores da mulher, a reconhecerem sua própria culpa. Bilquis sentiu que havia alguma coisa muito lógica, muito certa quanto ao desafio daquele profeta. Aquele homem falava a verdade.
Mais tarde Bilquis ficou conhecendo uma missionária cristã, a senhora Mitchell. Um dia ela perguntou:
- Senhora Mitchell, sabe alguma coisa sobre Deus?
A missionária pensou um momento e respondeu:
- Infelizmente não sei muito sobre Deus, mas eu O conheço.
Que declaração extraordinária! Bilquis pensou. Como alguém podia presumir conhecer Deus! Quando Bilquis pediu para a senhora Mitchel explicar, a missionária respondeu simplesmente:
- Eu conheço Jesus.
Logo depois disso Bilquis teve que levar seu filho para um tratamento no Hospital da Sagrada Família em Rawalpindi. Lá, ela começou a falar com um médico cristão sobre suas recentes descobertas.
- Preciso encontrar a Deus - Bilquis disse ao médico - mas estou confusa sobre a sua fé. Vocês parecem fazer Deus tão pessoal!
O médico cristão respondeu:
- Só existe um meio de descobrir por que nos sentimos assim. Por que a senhora não ora ao Deus que está procurando? Fale com Ele como se fosse um amigo seu.
Bilquis sorriu. Seria melhor que o doutor sugerisse que ela falasse com o Taj Mahal. Mas aí o médico inclinou-se para frente e disse em voz baixa:
- Fale com Ele como se fosse o seu pai.
Essas palavras deixaram Bilquis um pouco abalada, achou-as assustadoras e confortadoras. Como muçulmana ela jamais havia pensado em Deus como um pai. Alá estava longe demais para ser qualquer coisa desse tipo. Mas, aos poucos, Bilquis aprendeu a conversar com Deus. Ela aprendeu mais sobre Jesus e finalmente aceitou a Cristo como seu Salvador.
Esta nobre muçulmana descobriu o amor, o conforto e a paz ao se tornar filha do Pai Celestial.
Sei que esta história é verdadeira pois conheço Bilquis pessoalmente, e você também iria sentir-se inspirado se a conhecesse como eu.
Muitas religiões nos dão imagens distintas de Deus e muitos profetas afirmam descrevê-Lo com precisão. Mas apenas Jesus nos mostra Deus como nosso Pai. Ele não fica no topo de uma montanha nos indicando como chegar até Deus. Ele fica bem do nosso lado em nossas alegrias e tristezas, em nossas lutas diárias. Isso faz parte da maravilha da encarnação: Deus tornando-se carne. A boa notícia desse livro é que Deus está conosco, realmente. Ele é um Pai interessado e amoroso. Jesus trouxe Deus para perto.
Imagine Jesus tocando os leprosos, confortando as viúvas, perdoando a adúltera, curando os aflitos e encorajando os discípulos atribulados. Isso não é uma realidade remota; isso é Deus conosco, tão perto quanto um pai pode estar.
Vamos analisar agora uma outra imagem de Cristo vista do lado de fora. Vamos dar uma olhada no mundo do bramanismo indiano.
A Índia tem sido descrita como uma terra "obcecada por Deus". Viajei por esses lugares, e por todo o país encontrei pessoas peregrinando rumo ao infinito, desde adoradores solitários meditando sobre os sagrados escritos hindus, até rebanhos de fiéis em busca de méritos em oração para seus muitos deuses.
A Índia permanece sendo basicamente uma sociedade hindu. E nessa sociedade os brâmanes ocupam o mais alto nível. Eles são a privilegiada casta dos sacerdotes.
Os brâmanes eram tradicionalmente os professores espirituais das massas. Hoje, eles continuam sendo a elite, os líderes cultos de seu povo.
Ramon Umashankar nasceu brâmane. Com pouca idade, os anciãos lhe ensinaram que ele era um deus, e que para perceber sua divindade deveria praticar ioga e meditação. Mas ainda adolescente, Ramon começou a duvidar se poderia de fato encontrar a Deus através de um sortimento variado de ídolos adorados nos templos hindus.
Mais tarde Ramon mudou-se para os Estados Unidos e começou a examinar a Bíblia e as afirmações de Cristo. Ele havia sempre respeitado Jesus por Sua humildade, mas agora Ramon soube que esse Rabi afirmava ser o único Filho de Deus. E ele notou que muitos cristãos pareciam ter uma paz que anos de meditação não conseguiram lhe dar.
Mesmo assim, Ramon estava determinado a encontrar a verdade em sua própria religião hindu. Então ele assistiu a um filme sobre a vida de Cristo. Pela primeira vez soube que Jesus havia experimentado sofrimento e dor como ser humano. Antes pensava que Jesus havia, de algum modo, usado Seus poderes sobrenaturais para escapar da dor e da crucificação. Mas agora ele não podia explicar a cruz. Como esse Jesus suportou todo o sofrimento, por todos os pecadores? À medida que continuou meditando sobre a morte de Cristo, ele ficou impressionado com tamanha demonstração de amor. Decidiu abrir mão de sua cobiçada posição de brâmane e entregou a vida a Jesus Cristo. Ele estava convencido das afirmações de Jesus. Em comparação com o amor sacrifical de Cristo, Ramon disse:
- Tudo o mais caiu em pedaços.
Somente Jesus poderia ser descrito nas palavras: "... humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz" (Filipenses 2:8).
Muitas religiões dizem coisas bonitas sobre o amor. Mas somente uma pessoa demonstrou sua largura, altura e profundidade. Existem muitos deuses fazendo várias reivindicações hoje, mas apenas um Deus mostrou o Seu amor ao dar a Sua vida. Entre todos os monumentos e símbolos religiosos em nosso mundo, a cruz permanece sozinha. Ela é única. Deus Todo-poderoso, Deus o Santíssimo, sofrendo a morte de um criminoso para redimir a humanidade indigna. Pense nisso: não é de se admirar que um hindu brâmane tenha sido conquistado por esse puro amor?
Dos templos da Índia vamos viajar agora para o Tibet, o telhado do mundo. Lá, entre os picos gelados do Himalaia e os vales isolados, o povo mantém tradições religiosas de muitos séculos. Sua religião é o budismo. O fiel move suas rodas de oração e pratica cerimônias devocionais em um mundo assombrado por demônios e iluminado pelos homens sagrados chamados lamas.
Um jovem lama tibetano chamado Chekub decidiu a alguns anos atrás fazer uma peregrinação especial. Ele viajou a pé até uma figueira sagrada. Foi ali, o povo dizia, que Buda recebeu um facho de sabedoria. Meditando à sombra daquela árvore, ele chegou ao fim da sua busca da verdade.
Chekub vinha se sentindo pouco à vontade em viver fazendo as orações que Buda disse ao povo que provavelmente trariam sorte. Ele esperava obter alguma sabedoria junto à figueira. Mas quando juntou-se aos outros peregrinos no lugar santo, Chekub só conseguia pensar nos ensinamentos que haviam se originado ali e que não tinham lhe trazido paz.
Em suas viagens havia aprendido muito sobre a natureza humana. Ele tinha visto muito pranto e sofrimento. Mas, e quanto à verdadeira santidade e exultação do espírito? Isso ainda lhe faltava. Então Chekub lembrou-se do livro que um missionário de passagem havia lhe dado. O livro descrevia um certo homem sagrado, Jesus, que havia caminhado fazendo o bem e ajudando as pessoas. Chekub tornara-se fascinado por esse Jesus e lia o livro com freqüência. Mas ele tinha perdido o livro. Chekub ponderou: "será que esse Jesus tinha as respostas que ele buscava"?
Ao voltar para casa, Chekub conheceu um outro jovem lama chamado Lobsang, que havia assistido a algumas reuniões de cristãos. Lobsang tinha ouvido vários testemunhos cristãos e disse a Chekub emocionado:
- Eles são livres de demônios. Cristo rompeu o poder dos demônios sobre sua vida.
Assim que Chekub passou a conhecer os cristãos, ficou impressionado com as mudanças que Cristo havia feito na vida deles. Ele notou nos missionários cristãos uma grande humildade a qual, estranhamente, faltava em seus grandes professores lama.
Finalmente, concluiu que só em Cristo poderia haver perdão para o pecado e um novo nascimento para a alma. Ele decidiu ficar com os cristãos.
Quando um outro lama soube da decisão de Chekub, disse asperamente:
- Olhe para você agora! Você antes era um importante sacerdote, mas agora é um pária. Você é o mais desprezível de todos!
Mas Chekub declarou que havia descoberto seu verdadeiro valor aos olhos de Deus:
- Aqueles que são purificados pelo sangue de Cristo, serão recebidos na presença de Deus - Chekub disse ao lama.
Chekub começou a orar para ser libertado da bebida e de outros hábitos que o atormentaram no passado e constatou que tais problemas caiam como plumas velhas.
Verdadeiramente havia poder em Cristo. Chekub sentiu uma tremenda sensação de renovação.
Esse ex-lama tornou-se um dos obreiros cristãos mais amados no Tibet.
Anos mais tarde, Chekub encontrou um hindu idoso que começou a falar sobre os quatro ciclos da vida. No quarto ciclo, ele disse que Chekub devia meditar e tentar encontrar o caminho para a vida eterna. Chekub replicou:
- Eu já tenho a vida eterna.
E começou a explicar. Mas o hindu o interrompeu:
- Não me pregue a sua religião. Nós já temos uma linda religião verdadeirmente indiana.
Então Chekub fez uma pergunta que deixou aquele velho senhor sem resposta:
- E ela pode salvá-lo do poder do pecado?
Amigo, essa continua a ser uma boa pergunta. Quase todas as religiões contêm bons ensinamentos morais. Quase todas podem indicar o modo certo para se viver. Mas precisamos mais que isso. Saber o que é certo não é o problema. É o poder para agir certo que precisamos. Precisamos do poder para vencer o pecado. Precisamos da força para viver uma vida justa.
Chekub descobriu que somente Cristo provê esse tipo de poder. E sua vida foi uma prova viva. Ele, juntamente com milhares de seres humanos regenerados, testificam quanto ao inigualável poder transformador de Cristo.
Você agora vê Cristo sob um prisma diferente, olhando-O do lado de fora. Ele parece maravilhoso! Incomparável! Sua encarnação é inigualável. Somente Cristo traz o Deus Todo-poderoso para perto de nós. Sua morte na cruz é inestimável. Somente Cristo demonstra amor em sua plenitude. Sua vida é admirável. Somente Cristo nós dá o poder para vencer o pecado. Você já descobriu esse Cristo extraordinário? Ou Ele é simplesmente uma parte superficial de sua vida? Ele é apenas alguém que sempre esteve por perto, alguém vagamente familiar?
Cristo, o Amigo especial, requer um compromisso único e singular. Ele deu tudo para poder conquistar nosso coração. Ele se esvaziou para nos tornar plenos. Assim, devemos dar-Lhe tudo também, devemos colocar nossa vida em Suas mãos. Devemos aceitá-Lo como Salvador e Senhor.
Você vai fazer esse compromisso agora? Cristo está esperando, Ele anseia Se aproximar para demonstrar Seu amor e dar-lhe poder para vencer o pecado. Depende unicamente de você. Faça a sua escolha agora.
Oração
Pai, obrigado por Jesus. Não quero perder essa chance de entregar a minha vida a Ele. Aceito Jesus como meu Salvador e meu Senhor. Creio que Tu tornarás o incomparável Cristo uma realidade para mim. Em Teu nome, amém.
__________________________________________________________________________________________________